BANG! nº 8 by airmail



  • Chegou até às minhas mãos a BANG! nº 8. Pelo pouco que já vi, a revista promete quer em termos gráficos, quer em termos de texto. Enquanto não me dedico à leitura intensiva, teço apenas um comentário que acaba por extravasar a própria revista e ser bem mais global: porque raio é que a maioria dos escritores portugueses se preocupam tanto em alardear as suas habilitações académicas? A tratar-se de orgulho, assenta em títulos que me parece terem-se tornado até banais em Portugal. Tudo isto por causa de uma pergunta que um colega me fez, pedindo que traduzisse uma das biografias da Bang! Chegamos ao fim da revista sem saber as habilitações de George R.R. Martin ou de R. A. Salvatore (nem precisamos), mas ficamos a saber até o grau de estudos em Educação Musical (?!?) de uma autora portuguesa. Felizmente há excepções!
  • Apesar da falta de tempo para me lançar em artigos mais extensos, não resisti a Rossi, claro! Excelente no que diz, não diz e faz pensar, como sempre.

Continua!

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3 respostas a BANG! nº 8 by airmail

  1. Não sei se será uma questão de bazófia da parte dos autores portugueses se de falta de imaginação.

    Pessoalmente, quando me pedem uma pequena biografia a primeira coisa que me vem à cabeça é a minha formação e emprego (mas isso sou eu, que não tenho tido uma vida particularmente interessante).

  2. É bazófia ( um pecado do qual também partilho ou não fosse parte da cebolada – no entanto, não sou escritora ou wannabe ) e uma questão de mentalidade. É bom ter uma educação “prolongada” mas isso per si pode não representar nada. Ter um grau académico não é condição essencial ou prerrogativa para se ser bom em determinada área, apesar de, em certos casos, poder ajudar.
    Mas em Portugal pensa-se que o grau académico “faz” a pessoa, no estrangeiro o essencial é a obra realizada, o trabalho desenvolvido que é usado como definidor.

  3. Não discordo, afinal, conhecia “Doutores” estúpidos como portas.
    Porém, parte de mim ainda quer acreditar que as pessoas não são tão básicas ao ponto de viverem para os galhardetes. Eu sei, estou a iludir-me…

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